O Anão Porfírio
Na Floresta Encantada vivia um anão, muito especial, chamado Porfírio.
Era tão velho, que já nem ele próprio sabia a idade que tinha…
Porfírio habitava uma casa oval, com janelas curvas, construída num cedro muito antigo que ficava situado no centro da floresta e que por todos era conhecido como a Árvore de Porfírio.
A casa do anão era muito frequentada. Quase todos os dias, os visitantes batiam à sua porta.
Vinham dos lugares mais longínquos da floresta, só para admirarem a biblioteca particular de Porfírio.
Era uma pequena biblioteca, mas as suas estantes estavam repletas de livros misteriosos que todos queriam consultar.
Os visitantes folheavam os livros, página a página, cheios de curiosidade. Observavam com muita atenção todas as palavras neles escritas, mas não conseguiam descobrir o que elas significavam.
O Anão, por ser o mais velho de todos, era o único que ainda compreendia aquela língua estranha, e tão antiga, que já ninguém sabia ao certo quando, ou por quem, ela tinha sido inventada.
Por isso, quando os restantes habitantes da floresta o visitavam, Porfírio tinha sempre de lhes contar o que só ele conseguia ler nos livros misteriosos. Contava tudo o que sabia, com muitos pormenores, e respondia de boa vontade a todas as perguntas que lhe faziam.
E as perguntas eram muitas, porque a curiosidade dos visitantes era insaciável…
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